Por Mateus Cabot

Slow News (“notícia lentas”, em português) é o termo utilizado pelo jornalista Peter Laufer para descrever um processo de produção jornalística mais lento, que tenha como prioridade a apuração aprofundada dos fatos antes da publicação de uma notícia. Peter, que também é professor na universidade do Oregon, Estados Unidos, compara o movimento ao “Slow Food”, que busca promover maior apreciação e qualidade das refeições em contraposição aos fastfoods.
A nomenclatura Slow News apareceu pela primeira vez no dia 14 de janeiro de 2014, na coluna de Peter para o site Oregon Live. Com o título “Tudo bem ler amanhã a notícia de ontem”, o jornalista defende que “quando a notícia é elemento importante no nosso currículo social, devemos evitar fragmentos e esperar por informações detalhadas e análises profundas nas quais fatos cruciais são verificados”.
Dois dias depois da publicação da coluna de Peter, a jornalista Marie-Catherine Beuth publicou sobre o movimento em seu site pessoal. Hoje, ela comanda o portal Slow News Movement, com a proposta de mudar o ritmo de produção, distribuição e consumo de notícias de forma eficiente. “Ao invés de fazer seus leitores lutarem para acompanhar o ciclo de notícias 24 horas, acredito que a mídia deveria oferecer uma experiência mais valiosa para seus consumidores”.
O movimento é uma crítica à disputa dos veículos de comunicação pela instantaneidade de divulgação de notícias, sobretudo nas mídias digitais, com falta de aprofundamento e confirmação da veracidade das informações.
FONTES
http://www.oregonlive.com/opinion/index.ssf/2013/01/join_the_slow_news_movement_it.html
http://www.slownewsmovement.com/about/
http://www.slownewsmovement.com/about/